quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Porta-Aviões italiano em Fortaleza

A missão humanitária brasileira no Haiti ganhará, daqui a poucos dias, o reforço de um navio-hospital e de mais 74 civis e militares brasileiros que, voluntariamente, estão seguindo para o país caribenho a fim de ajudar a socorrer os sobreviventes do terremoto do último dia 12. Os 63 militares e 11 civis partiram nesta quinta-feira de Fortaleza (CE) a bordo do porta-aviões italiano Cavour, no qual se somaram aos 900 militares italianos com quem realizarão uma ação conjunta. A previsão é de que, dependendo das condições, a embarcação chegue ao Haiti entre 1º e 2 de fevereiro.
Além contar com modernos equipamentos médicos como um tomógrafo computadorizado, o porta-aviões ten um hospital emergencial de 35 leitos (oito deles para tratamento intensivo) onde, segundo a Marinha brasileira, será possível realizar procedimentos médicos bem mais complexos do que os que podem ser feitos nos hospitais de campanha. O navio ainda conta com seis helicópteros, aos quais foram acrescidos mais dois embarcados pela Marinha brasileira: um UH-14 Super Puma e um UH-12 Esquilo. As aeronaves irão operar em conjunto em missões de busca e resgate de feridos, transporte de pessoal e material e apoio às tropas terrestres. Ao todo, a equipe médica embarcada é composta por 25 profissionais da área de saúde, sendo seis médicos e oito enfermeiros da Marinha, além de cinco médicos e seis enfermeiros civis que foram selecionados pelo Ministério da Saúde entre os profissionais que se cadastraram no site ministerial. Mais de 7 mil especialistas se inscreveram para participar da missão de assistência humanitária. Tanto os militares quanto os civis são voluntários. Os primeiros devem permanecer cerca de 30 dias embarcados, ancorados ao largo da costa marítima haitiana. Ao fim deste período, dependendo da evolução e das necessidades, a manutenção da missão e a eventual rendição das equipes será reavaliada.


Fonte: Agência Brasil

domingo, 24 de janeiro de 2010

A340-300 Aqui perto

Um boa Escuta para estes dias.
Entre os dias 05 e 15 de fevereiro, teremos um A340-300, original de fábrica, por 10 dias, no Aeroporto de Recife, e, também sobrevoando nosso espaço aéreo.
Se trata de testes de sistemas para o A350.
A aeronave voará diariamente, em período diurno, com voos de 5h num raio de 300 milhas náuticas a partir de REC. Mesma rota realizada pelo AirFrance acidentado.

Vale salientar que o A340-313 (matrícula F-WWAI) tem o c/n 001, ou seja, foi o primeiro A340-300 a ser fabricado pela Airbus. E a mesma rota realizada pelo AirFrance acidentado.
Fonte: André Tiago

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Aeromodelismo na Avenida

A aviação é mesmo incrível. Para os amantes da aviação tem mais um ponto em Fortaleza que podemos apreciar voos de asas rotativas, mais desta vez rádio-controladas, a combustão ou elétrica. Sábados e Domingos na Av. Washington Soares em frente ao Centro de Convenções a tarde, e as vezes na semana, pilotos de aeromodelismo decolam com seus modelos, uma diversão e terapia para um dia de trabalho. Recentimente colocaram "4 helipontos" para proporcionar mais realismo. Parabéns a todos pela idéia, bons voos.



domingo, 3 de janeiro de 2010

O adeus a um audaz “bandeirante”

Tenente-Brigadeiro Paulo Victor da Silva: o adeus a um audaz “bandeirante”
Acionados os motores, decolou o Bandeirante. A aeronave voou pela primeira vez em 1968. No ano seguinte, já era fabricado em série. O sucesso daria origem à Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). Para um homem, em especial, essa história era um grande orgulho. Paulo Victor da Silva era ainda Coronel-Aviador, em 1966, quando foi nomeado para dirigir o CTA, colaborar com as pesquisas do projeto IPD-6504 (que daria origem ao avião) e atuar decisivamente para que, finalmente, o avião brasileiro saísse do papel. E, de fato, foi decisivo. Tanto que até batizou a aeronave. Pelo pioneirismo, achou que “Bandeirante” seria um bom nome. Acertou não só no nome. Conseguiu empolgar com sua força os auxiliares e os superiores. O caráter desbravador do militar, também formado no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), é apenas um dos adjetivos atribuídos ao homem que deixa saudades. O falecimento dele, aos 88 anos de idade, no Rio de Janeiro, neste domingo, dia 27 de dezembro, deixa consternada toda a instituição. O corpo será velado no Terceiro Comando Aéreo Regional (III COMAR) até as 10h do dia 28. Em seguida, será trasladado em uma aeronave C-97 Brasília da FAB para a cidade de São José dos Campos (SP), lugar especial em que construiu parte de sua história como diretor do CTA. O corpo do oficial-general também será velado no auditório Lacaz Netto do ITA. No final da tarde, segue para o cemitério Parque das Flores, onde será cremado.
Leia aqui palavras do Comandante da Aeronáutica direcionadas à família do oficial-generalEle era um forte que a luta não teme. Sempre ativo, disponível, incansável e pronto para o combate. Apesar do temperamento irrequieto e guerreiro, sabia ouvir seus auxiliares imediatos e apoiá-los sem hesitação. Um grande amigo e leal companheiro”, disse o engenheiro Antonio Garcia da Silveira, membro da equipe e pioneiro do CTA que desenvolveu o Bandeirante, em entrevista para revista da Embraer. De acordo com pesquisadores, foi o esforço do militar (que dirigiu o CTA de 1966 a 1973, já como Brigadeiro-do-Ar) que tornou o projeto do Bandeirante viável, descortinando o potencial da Embraer. “Uma vez concluídos os protótipos da aeronave, surgia um novo desafio: a produção seriada e a comercialização. Nessa fase, a figura brilhante de um dos pioneiros diplomados pelo ITA em 1953, o brigadeiro-do-ar Paulo Victor da Silva, na época diretor-geral do CTA, conseguiu consolidar as providências para a criação da Embraer”, explicou a pesquisadora Maria Cecilia Spina Forjaz, mestre em sociologia e doutora em ciência política pela Universidade de São Paulo. “O apoio do Brigadeiro Paulo Victor da Silva, chefe do CTA, foi importantíssimo”, considerou o professor Luiz Coelho Neto, em sua dissertação de mestrado pela UFRJ a respeito da criação da Embraer. O Tenente-Brigadeiro Sérgio Ferolla, um dos fundadores do ITA, ex-ministro do STM, também considerou a atuação de Paulo Victor decisiva. “Foi ele que pegou a bandeira, criou uma equipe. Foi ele que foi a Brasília viabilizar a indústria aeronáutica, viabilizar a encomenda de Bandeirante”, exemplificou . A história aclamada do militar durante a passagem pelo CTA é um capítulo importante da trajetória dele, que nasceu em Belém (PA) e iniciou a carreira militar em 1940, ao ingressar na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro. Transferiu-se para a Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, passou a pilotar, como aspirante-a-oficial, em missões de patrulhamento no norte, nordeste e sudeste do País durante a Segunda Guerra Mundial, tendo logo depois passado um período no Correio Aéreo Nacional (CAN), realizando missões que ficaram conhecidas por colaborar no desenvolvimento e na integração nacional. Entrou no ITA em 1950 e se formou três anos depois, em engenharia. Foi chefe da Divisão de Tráfego da Diretoria de Aeronáutica Civil (DAC) e, depois de sua passagem pela Direção do CTA, e a implantação da indústria aeronáutica no país, foi designado, em 1973, para ser Adido Aeronáutico em Washington, nos Estados Unidos, de onde retornou para ser Diretor de Eletrônica e Proteção ao Vôo. Promovido a Tenente-Brigadeiro do Ar em 1979, foi para a reserva da FAB no ano de 1981. Foram inúmeras as homenagens, condecorações e medalhas que tentaram fazer justiça ao homem que marcou a trajetória profissional de uma forma tão singular. Ele, que não parou de pesquisar, inovar, empreender, deixa uma saga incrível aos que o sucederam, uma verdadeira homenagem à história da aviação brasileira. Ficam intocadas mensagens de que nenhum sonho é impossível e de que deve-se buscar os objetivos de forma determinada. Um dos grandes “bandeirantes” audazes do azul deixa o legado imensurável do homem pioneiro, atuante para integração e desenvolvimento nacional.


Fonte: CECOMSAER