quinta-feira, 18 de setembro de 2008

TAM

A TAM anunciará, no início de outubro, sua adesão a uma aliança global de companhias aéreas, adiantou hoje o vice-presidente de Planejamento da companhia, Paulo Castello Branco. Embora o mercado dê como certa a entrada da TAM na Star Alliance, o executivo preferiu manter o suspense.
"É natural essa especulação porque nós temos code share (acordo de compartilhamento de assentos) com a TAP, com a United e com a Lufthansa. Isso pressupõe que seja Star Alliance. Mas nós temos code share com Lan Chile e com a Air France. No dia 7 a gente anuncia", afirmou Castello Branco, citando a companhia chilena que integra a One World e a francesa, pertencente à Sky Team.
Desde a saída da Varig da Star Alliance, no auge da crise da empresa durante o primeiro semestre de 2006, nenhuma empresa aérea brasileira integra uma aliança global. O consultor de aviação Paulo Bittencourt Sampaio lembra que a Varig teve de sair da Star Alliance por problemas de inadimplência, já que existe uma câmara de compensação entre as empresas integrantes de um mesmo acordo aéreo para o pagamento de passagens voadas em uma parceira.
"É a Star Alliance com certeza. A TAM fez alianças com TAP e Lufthansa porque queria ir para a Star Alliance. E o code share com a Air France termina no dia 30 de setembro", diz Sampaio. Segundo ele, a manutenção da parceria com a Air France poderia dificultar a entrada na Star Alliance, já que o acordo prevê vôos dentro da Europa, num acordo que poderia esbarrar na parceria firmada com a alemã Lufthansa.
O code share com a Lan Chile, por outro lado, não tem maiores impactos porque se restringe à América Latina, avalia Sampaio. Castello Branco diz que a vantagem para o passageiro é a possibilidade dele voar em uma companhia aérea parceira e acumular milhagens na TAM.
Crise
O cenário de crise da economia mundial não vai mudar os planos de crescimento da TAM, avaliou Castello Branco. Segundo ele, o transporte de passageiros no País deverá fechar o ano com expansão de 10%, impulsionado pelo crescimento da economia brasileira. E a TAM, que em agosto alcançou sua maior participação no mercado interno, com 54,18%, deverá encerrar 2008 com uma fatia entre 51% e 53%, estima o executivo.
"Nós acreditamos que a tendência da economia é se acomodar, se equacionar, ainda teremos algumas turbulências, nós esperamos isso, mas não vamos mudar nossa rota de crescimento", afirmou o executivo. "O transporte aéreo no Brasil tende a crescer. Vai continuar crescendo e o que evidentemente pode inibir o crescimento do transporte aéreo brasileiro é a falta de infra-estrutura", acrescentou.

Fonte: Agência Estado

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