quarta-feira, 24 de março de 2010

Aeroporto Jericoacoara-CE

A licitação para a construção do Aeroporto de Jericoacoara deu, ontem, mais um passo rumo à execução das obras. A Central de Licitações do Governo do Estado divulgou as empresas habilitadas para a segunda fase do certame, caracterizada pelo recebimento das propostas financeiras das empresas aptas à realização do empreendimento. Dos 27 consórcios e empresas que concorreram à fase de habilitação, 14 seguem para o estágio seguinte, dos quais 10 disputam a edificação do lote 1.São eles, os consórcios Aterpa/R.Furlani/M.Martins; CBC/GEL/CCI; CBEMI - Tucumann; DPBarros/FBS/São Paulo Engenharia; EIT/Beta; Esse/Lidermac/Pottencial; e TB/Consbem; e ainda as empresas JM Terraplenagem e Construções LTDA.; Novatec Construções e Empreendimentos LTDA.; e S.A Paulista de Construções e Comércio. O lote 1 do projeto, orçado em R$ 51.993.465,18, corresponde à construção da pista de pousos e decolagens, do pátio de estacionamento e de duas pistas de taxiamento. Para a segunda parte do aeroporto, que inclui a constituição do terminal de passageiros e do Serviço de Combate Contra Incêndio, foram classificados dois consórcios e duas empresas. O DPBarros/FBS/São Paulo Engenharia é o único que segue para a disputa de preços das duas fases do empreendimento.O consórcio Geosolo/Três Irmãos e as empresas Lotil Construções e Incorporações LTDA. e Macrobase Engenharia, Comércio e Serviços, também estão classificados para a fase seguinte de licitação do lote 2, avaliada em R$ 8.922.975,05.InabilitadasOs outros 13 consórcios e empresas que foram desclassificados do certame têm até cinco dias úteis após publicação no Diário Oficial, o que deve ocorrer até a próxima segunda-feira, 15, para apresentarem recurso questionando suas inaptidões à realização da obra.Em seguida, a Secretaria de Turismo do Estado (Setur) terá mais cinco dias para responder às possíveis proposições.ProjetoO Aeroporto de Jericoacoara propõe facilitar o acesso a um dos destinos turísticos mais procurados do Ceará.O empreendimento terá capacidade de 1,2 mil vôos/ano e encurtará o tempo de viagem entre Fortaleza e Jericoacoara em quatro horas - os 314 quilômetros de estrada são percorridos em cerca de cinco horas.Além disso, vai agilizar o escoamento das produções das regiões Norte e da Ibiapaba, desafogando, assim, o Aeroporto Internacional Pinto Martins.O projeto está orçado em R$ 60.916.440, dos quais R$ 52 milhões já foram liberados pelo Ministério do Turismo (MTur). Os outros recursos para a construção serão provenientes do Tesouro Estadual. A previsão é que o aeroporto esteja pronto no ano que vem.
Fonte: Diário do Nordeste

B777-300ER TAM em Fortaleza

Hidroporto de Fortaleza

Leia nesta matéria do jornal diário do nordeste mais um descaso para a história da aviação.
A área onde funcionou o antigo Hidroporto de Fortaleza, na Barra do Ceará, está ocupada irregularmente desde fevereiro de 2009, quando sucatas e outros objetos começaram a ser despejados no local para fins comerciais. Revoltado com a invasão, o historiador Adauto Leitão acionou a Prefeitura e o Ministério Público Federal para resolver o problema. Contudo, mais de um ano depois, a situação de abandono é a mesma.O local corresponde ao número 1374 da Avenida Radialista José Lima Verde. Era neste ponto que ficavam as rampas para o embarque e desembarque de passageiros dos aviões que pousavam no Rio Ceará. Logo após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, o presidente Getúlio Vargas decretou o terreno de marinha, como patrimônio ambiental destinado a uso público. As ruínas estavam de pé até serem destruídas pela colocação de ferragens e entulhos.A Prefeitura constatou o problema ainda em fevereiro do ano passado. Contudo, apenas em novembro foi demolido um muro que privatizava o local. No mês seguinte, uma nova vistoria notificou a empresa instalada no local, a Brasimar Serviços Marítimos Ltda., por realizar atividade comercial sem alvará de funcionamento e por ocupar área pública.Esta ação gerou um auto de interdição em 21 de dezembro do ano passado, exigindo a paralisação das atividades, o que não foi cumprido.Cansado de esperar, Adauto foi à Procuradoria da República no Estado, ligada ao Ministério Público Federal (MPF), e denunciou a ocupação indevida em área de proteção ambiental. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, o processo está sendo executado. A procuradora Nilce Cunha Rodrigues solicitou a posição de várias instituições governamentais responsáveis pela preservação do patrimônio público e do meio-ambiente. A partir da análise das respostas, será dado um parecer.A Secretaria Executiva Regional (SER) I informou que apenas na semana passada foi enviado ofício à Companhia de Policiamento Militar Ambiental (CPMA) solicitando auxílio para a interdição da área. Entretanto, segundo o chefe do Distrito de Meio Ambiente e Controle Urbano da SER I, Assis Macedo, a empresa que ocupou o local tem um "documento de aforamento" (que dá a posse provisória de um terreno), emitido pela Secretaria do Patrimônio da União (SPU). A SER I afirmou que solicitou a cassação deste documento. Enquanto isto não acontecer, a ação da Prefeitura fica limitada. "O que podemos é interditar a atividade comercial".HistóriaSegundo Adauto Leitão, desde o século XVII, o Rio Ceará está na cartografia mundial como único rio da Capital com condições de navegabilidade para embarcações e, posteriormente, aeronaves, tendo como referência o Oceano Atlântico. Na foz, há uma placa que indica o local como campo de pouso para aeronaves em casos de urgência. Em 1932, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry (autor de O Pequeno Príncipe) teria aportado em Fortaleza pelo hidroporto da Barra do Ceará.
Fonte: Diário do Nordeste