terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Nosso "BANDECO"


Há 40 anos, numa pista de vôo sem pavimentação, decolava o primeiro protótipo do Bandeirante, no então Centro Técnico Aeronáutico, hoje Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial (CTA).
A aeronave deu origem à Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) que se tornou referência no mercado de aviação mundial. Essa e tantas outras conquistas no setor aeronáutico brasileiro foram comemoradas neste domingo (19), na Embraer, em São José dos Campos (SP), com a presença do Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro- do-Ar Junito Saito, oficiais-generais do Alto Comando, autoridades civis e integrantes da empresa.Em discurso, o Comandante da Aeronáutica construiu um paralelo do sucesso da Embraer com o grande inventor da aviação. “A genialidade e o espírito empreendedor do brasileiro Santos-Dumont permitiram à humanidade a conquista do espaço (...) A mesma genialidade, igualmente o mesmo espírito empreendedor, aflorados num visionário grupo de brasileiros, permitiram ao Brasil decolar para um altaneiro vôo, o primeiro vôo do Bandeirante”. O Comandante ainda comentou a versatilidade em atuar como “catalisador” da pesquisa e do desenvolvimento e possuir um parque industrial aeronáutico mundialmente reconhecido. Para a construção do primeiro protótipo do Bandeirante, identificado pela sigla IPD-6504, foram necessários três anos e quatro meses, num total de 110 mil horas de trabalho, que contou com cerca de 300 pessoas lideradas pelo engenheiro aeronáutico, à época o Major Ozires Silva.
“Pela sua importância na criação da indústria aeronáutica brasileira, o avião Bandeirante é um dos marcos de um bem-sucedido projeto estratégico de longo prazo empreendido pelo Governo Brasileiro, que culminou na criação e na consolidação da Embraer no cenário internacional” , enfatiza o Diretor-Presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado. Dos três protótipos originais do Bandeirante, o primeiro pertence ao acervo do Museu Aeroespacial (MUSAL), no Rio de Janeiro. O segundo protótipo, apresentado na comemoração, pertenceu originalmente à Força Aérea Brasileira e hoje faz parte do acervo da Fundação Santos Dumont. A aeronave foi restaurada, em pouco mais de um mês, por uma equipe composta de empregado e ex-empregados. A pintura foi refeita nas mesmas cores e tonalidades (branca, com uma faixa azul no meio, e cinza, na parte de baixo). No nariz do avião foram pintadas as bandeiras dos dez países da América do Sul onde o protótipo realizou vôos de demonstração. O terceiro protótipo se encontra em exposição permanente no parque Santos Dumont, em São José dos Campos. No final, o Comandante da Aeronáutica foi homenageado pelo Diretor da Embraer com uma maquete do aeronave Bandeirante.

Fonte: CECOMSAER

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