quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Livro História da Aviação no Ceará

O livro levou sete anos para ficar pronto.
A história da aviação no Ceará é cheia de curiosidades. Você sabia que já houve um tempo em que os aviões pousavam em um hidroporto na Barra do Ceará? E que havia um projeto de construir o aeroporto de Fortaleza na Aldeota? Há notícias também de dois alemães que morreram em um acidente aéreo e até hoje os corpos estão enterrados em Aracati. Histórias como essas estão em um livro que levou sete anos para ficar pronto. O primeiro sobre a aviação no nosso Estado.
A pista utilizada para o pouso dos aviões atualmente, nem de longe lembra a que era usada nos primórdios da aviação. Antes havia o desembarque no hidroporto sobre o Rio Ceará. Era lá que as aeronaves da Paner pousavam. Em uma foto do livro era possível ver a planta original do aeroporto construído pelos americanos em Fortaleza durante a 2ª Guerra Mundial. O espaço hoje abriga o campus da Universidade Federal do Ceará (UFC), no Pici. Estas e outras raridades são resultado de sete anos de pesquisa de dois apaixonados por aviação: Augusto Oliveira e Ivonildo Lavôr. Agora, as fotos e histórias catalogadas estão reunidas num livro. Desde os primeiros experimentos com balões e dirigíveis até histórias inusitadas, como a idéia de construir um aeroporto na Aldeota.
O livro destaca ainda o nome de cearenses que tiveram papel importante na aeronáutica brasileira. Como Fernando Mendonça, fundador do Instituto de Pesquisas Espaciais e o marechal Casemiro Montenegro, criador de outro instituto importante, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA). Também não poderia faltar a história do homem que dá nome ao aeroporto de Fortaleza. Lá, o jovem Pinto Martins, considerado o herói da aviação cearense. Entre os feitos, está um vôo dos EUA ao Rio de Janeiro, fazendo escala em Camocim, no Ceará. Numa época em que as condições de voar eram bem diferentes.
Mas nem só de glórias vive a aviação do Ceará. Os escritores relembram a morte de dois alemães no incío do século XX, na cidade de Aracati, no Litoral Leste. Os familiares nunca pediram o translado dos corpos. O livro traz ainda o triste recorde que o Ceará tinha do número de vítimas num acidente aéreo. Em 1982, um avião da Vasp caiu em Pacatuba, matando 137 pessoas. O recorde, que nenhum Estado gostaria de ter, só foi superado no ano passado com a queda do boeing da Gol.
Fonte: verdesmares.globo.com

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