quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Operação CRUZEX IV

O Estado-Maior da Aeronáutica sediou, em 27 de fevereiro, a reunião inicial de planejamento para a Operação CRUZEX IV. Sob coordenação do Brig do Ar Flávio dos Santos Chaves, as delegações dos países participantes receberam um briefing sobre as especificidades do exercício. Em seguida foram distribuídos em grupos para os debates necessários quanto à logística e à parte operacional, tratando de temas como regras de segurança, cenário operacional, comunicações, estrutura de comando e controle, suprimentos, transportes, procedimentos operacionais e ritmo de “batalha”. Dada a grandiosidade desta operação, os planejamentos e preparativos já se iniciaram há vários meses, de acordo com as orientações do Diretor do Exercício, o Ten Brig do Ar João Manoel Sandim de Rezende.A Operação CRUZEIRO DO SUL IV (CRUZEX IV) é um Exercício Aéreo Multilateral entre as Forças Aéreas da Argentina, do Brasil, do Chile, da França, do Uruguai e da Venezuela, que irá ocorrer no período de 01 a 14 de novembro de 2008, na Região Nordeste do Brasil, abrangendo, principalmente, os Estados do Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco. Durante a CRUZEX IV, Unidades Aéreas e pessoal das Forças Aéreas participantes estarão operando de forma desdobrada no território brasileiro. A CRUZEX IV é um Exercício de Força Aérea, de Dupla-Ação, que incluirá Forças Azuis (Forças da Coalizão) contra Forças Vermelhas (Forças Opositoras), baseado em um conflito simulado de baixa intensidade, dentro dos critérios doutrinários estabelecidos em tempos de paz. As Forças Aéreas dos países convidados estarão compondo a Força de Coalizão no país Azul, contra a Força Oponente, sediada no país Vermelho. No CENÁRIO FICTÍCIO estabelecido, os Países Vermelho e Azul entrarão em litígio em decorrência do término das negociações diplomáticas. Assim, será constituída uma Força de Coalizão, formada pela Argentina, Brasil (sede do “País Azul”), Chile, França, Uruguai e Venezuela, tendo o País Azul como líder. A coalizão tem como incumbência principal a restauração da legalidade e da paz entre as duas nações em litígio.O exercício é modelado de acordo com o “modus operandi” empregado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), tendo como objetivos principais:Adestrar os Estados-Maiores e as Forças Aéreas no planejamento de Operações Combinadas com Forças Aéreas de países amigos. - Proporcionar ao Estado-Maior da Aeronáutica, aos Comandos Operacionais, às Forças Aéreas e às Unidades Aéreas conhecimento de estrutura de Comando e Controle e de emprego do Poder Aéreo, nos moldes utilizados pela OTAN.- Adestrar as equipagens de combate dos diversos esquadrões envolvidos, mediante o intercâmbio de conhecimentos operacionais com esquadrões similares de outras Forças Aéreas, em táticas de emprego.- Treinar as defesas aéreas da Força de Coalizão contra ataques aéreos de saturação a baixa e média altitude.- Treinar os tripulantes em operações CSAR e de resgate de nacionais.- Adestrar o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) no gerenciamento do espaço aéreo em situação de conflito.- Incrementar o intercâmbio de experiências e o clima de confiança mútua entre os integrantes das Forças Aéreas amigas.- Treinar as cadeias de Inteligência de acordo com doutrinas atuais e aperfeiçoar procedimentos de análises de objetivos, e- Utilizar a Comunicação Social como fator multiplicador de poder de combate e de projeção de força.

Fonte: FAB

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